A Direção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP alerta, em comunicado, para as “consequências desastrosas do prosseguimento da política de direita no distrito de Santarém” que, “contendo enormes potencialidades, está há décadas votado à exploração de quem cá vive e trabalha, ao abandono e ao esquecimento”.

Os comunistas lembram que a maioria dos trabalhadores no distrito recebe menos de 1.000 euros por mês, e que “paira a ameaça de novos despedimentos coletivos, de que a Tupperware em Constância, ou a Temahome em Tomar são exemplo”.

Além disso, consideram que há uma continuada destruição dos Serviços Públicos, com enorme carência de médicos de família nos Centros de Saúde, “encerramentos sucessivos das urgências nos Hospitais, a falta de professores nas escolas, uma insuficiente rede de creches e Jardins de Infância, de transportes públicos e acessibilidades ou do Serviço Postal, aos quais se somam as enormes carências e dificuldades no acesso à habitação, onde se insere todo o problema dos estudantes dos politécnicos”.

O comunicado considera que “os sucessivos governos do PS e do PSD (com ou sem o CDS-PP), insistem em fazer belos discursos e muitas promessas durante os períodos eleitorais, para depois recusarem os investimentos necessários ao desenvolvimento do distrito, como está patente na falta de qualquer iniciativa para concretizar a tão almejada conclusão do IC3 e construção de uma nova ponte na Chamusca ou a inação perante graves problemas ambientais que vão tendo lugar”.

Para o PCP, é urgente e necessário valorizar os salários, reformas e pensões; um nùmero adequado de novas vagas e a rede pública e nacional de creches gratuitas e garantindo o acesso ao pré-escolar; afirmar o SNS como a única garantia de acesso de todos à saúde; garantir as medidas necessárias à resolução dos problemas que levaram à saída de milhares de professores que ainda podiam estar a lecionar e concretize medidas que valorizem a profissão docente e a tornem mais atrativa; pôr fim à especulação em torno das rendas e dos custos da habitação própria e dinamizar a disponibilização de habitação pública; resolver os milhares de processos de legalização de imigrantes, investindo na melhoria das condições de trabalho, habitação e acesso a serviços públicos, combatendo desta forma o tráfico de seres humanos e as máfias que os promovem.

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