A Ajuda de Mãe assinalou, hoje, dia 14 de outubro, a inauguração do seu novo espaço em Santarém, coincidindo com a comemoração do 18.º aniversário da instituição.

O evento contou com a presença de várias entidades locais, parceiros institucionais e também de mães acompanhadas pela Ajuda de Mãe, num momento de celebração e de reforço do compromisso com a comunidade.

Ao longo destes 18 anos, a instituição tem desenvolvido um trabalho de proximidade no apoio a mulheres grávidas e famílias em situação de vulnerabilidade, promovendo a capacitação e integração socioprofissional, a proteção da maternidade e o desenvolvimento saudável das crianças.

Na inauguração, o Presidente da Instituição, Dr. Pedro Marques, destacou “a importância da missão que a mesma desenvolve, uma missão única e profundamente humana, que se alicerça em direitos fundamentais, como o direito à vida”. Sublinhou “que esta missão vai muito além do simples direito de nascer, abrangendo também o direito de cada pessoa viver com dignidade, num compromisso contínuo com a promoção do bem-estar e da valorização da vida em todas as suas dimensões”.

Na ocasião, Lígia Cruz Nestal, responsável pelo acompanhamento das famílias sublinhou que “este novo espaço representa uma oportunidade para continuarmos a crescer e a gerar impacto junto das famílias, proporcionando melhores condições de acolhimento e acompanhamento.”

Este marco reflete o percurso da Ajuda de Mãe em Santarém e a sua vontade de continuar a ampliar respostas, fortalecendo redes de apoio e criando bases para projetos de vida mais estáveis e seguros.

A técnica destacou ainda os desafios que persistem, nomeadamente “a necessidade de estabelecer um acordo de cooperação com o Centro Distrital de Santarém.

Aproveitou, também, a presença das entidades para recordar que, “apesar de Santarém ser capital de Distrito, não existem espaços convencionados para a realização de ecografias obstétricas, realidade que se estende a praticamente todo o distrito. Sublinhou ainda que, mesmo no setor privado, se verificam fortes constrangimentos de agenda, dificultando que estas ecografias sejam realizadas em tempo útil, o que tem contribuído para a existência de muitas gravidezes mal vigiadas.”

Lígia Cruz Nestal convidou, ainda, os presentes à reflexão sobre outros desafios que afetam diretamente as famílias acompanhadas, nomeadamente “a escassez habitacional, que limita a possibilidade de muitas mães assegurarem condições de estabilidade e autonomia, e a ausência de vagas em creches para todos os bebés, o que dificulta a conciliação entre a vida familiar e profissional e agrava situações de vulnerabilidade social”.