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Festival de Órgão de Santarém
🕒 04:00h
Festival de Órgão de Santarém oferece duas semanas de música antiga onde se juntam instrumentos improváveis
A 7.ª edição do FÓS – Festival de Órgão de Santarém decorre este ano entre os dias 14 e 30 de novembro. Com uma programação diversificada, o Festival oferece muito mais do que música antiga ao longo de duas semanas. Longe de se limitar a brindar o público com música tocada em órgãos históricos, o evento multifacetado cruza a música antiga com novos ecos, através da junção de instrumentos improváveis, e também com a dança contemporânea, a poesia, o canto coral e outras formas de expressão artística.
“São poucas as localidades à escala nacional que são brindadas com um evento desta dimensão”, garantiu João Teixeira Leite, o Presidente do Município de Santarém durante a conferência de Imprensa em que foi apresentada publicamente a 7.ª edição do FÓS – Festival de Órgão de Santarém, que teve lugar esta segunda-feira, 3 de novembro, na Sala dos Actos, no edifício da Diocese de Santarém.
Para o autarca, “este evento apresenta uma dimensão multidisciplinar” que tem provocado um forte “impacto à escala internacional”, acrescenta. “Com esta proporção não recordo qualquer evento” semelhante, sendo que “são poucas as cidades da Europa que têm esta quantidade de órgãos históricos funcionais”, garante. Realçou ainda a ideia deste “grande momento e de um grande evento”, que tem vindo a atrair um público cada vez mais interessado.
João Teixeira Leite congratulou igualmente a continuação da aposta nesta área, afinal, assegura,” quem se queira preparar para o futuro, tem que investir em cultura”.
De acordo com o diretor do FÓS 2025, Rui Paulo Teixeira, “mantem-se a estrutura que tem vindo a ser construída nos últimos anos”, recordando que “o eixo da programação, de vanguarda, progressista e eclética” do evento tem seguido o lema “uma história de liberdade”, onde se destaca uma “tipologia de eventos que podem ser reproduzidos todos os anos”, apesar de uma evidente “diversidade incutida de edição para edição”, assegura.
Para este ano, o diretor do FÓS aponta como “momento alto do Festival”, o chamado Ciclo Inusitado, um conjunto de quatro concertos que terão lugar em quatro vilas do Concelho de Santarém, onde se vai poder assistir a uma “junção de estéticas presentes”, nomeadamente com recurso a instrumentos que, por norma, não são tocados junto de órgãos históricos.
O Festival tem servido igualmente para a criação de obras inéditas, encomendadas propositadamente para a ocasião, como recordou Rui Paulo Teixeira, o que tem permitido “diferentes tipologias que vão sendo mantidas como património da unidade programática”. A situação deu origem a uma “matriz que cria uma identidade e uma personalidade musical” do FÓS, colocando-o “a par com grandes festivais europeus”, onde tem vindo a obter “um reconhecimento” e a revelar-se “como uma referência na Europa”.
O Festival de Órgão de Santarém – FÓS, promovido pela Câmara Municipal de Santarém, em parceria com a Diocese de Santarém e com a Santa Casa da Misericórdia de Santarém, tem como protagonistas seis órgãos históricos existentes em templos religiosos da cidade, mas não se resume a este instrumento. O evento inclui ainda um conjunto de experiências artísticas onde se que cruzam o órgão com o saxofone, acordeão, canto coral, dança, poesia e outras formas de expressão cultural.
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