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Organizações Ambientais apelam ao governo para a resolução do problema no Rio Alviela
🕒 15:55h
Após mais um episódio de poluição no Rio Alviela, o GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) e várias outras Organizações Ambientais, incluindo a CLAPA (Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela), o proTEJO - Movimento pelo Tejo, a WWF Portugal, a FAPAS - Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade, a ZERO (Associação Sistema Terrestre Sustentável), a SPEA | BirdLife, a LPN (Liga para a Protecção da Natureza) e a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, ressaltam a incompatibilidade entre o investimento em atividades de restauro ecológico e os episódios de poluição recorrentes no Rio Alviela, com consequências graves aos níveis ecológico, social e económico.
A trabalhar no restauro ecológico do Rio Alviela desde 2022, a coordenadora do programa Rios Livres GEOTA, Ana Catarina Miranda, salienta que “um problema de base tão grave como os episódios de poluição recorrentes no Rio Alviela acaba por tornar desajustado o trabalho que fazemos no GEOTA, que foi até premiado a nível internacional, de promover no Alviela a reabilitação fluvial e o reencontro das comunidades com o rio“.
Penélope de Melo, presidente da CLAPA, organização centrada desde 1976 na ação contra a poluição do Alviela, manifesta ser “inaceitável, após meio século de luta, que as descargas no rio Alviela persistam sem haver por parte da administração central resposta eficaz, preventiva e estrutural“.
As Organizações Ambientais apelam ao governo para um compromisso no sentido de salvaguardar a qualidade ecológica do Rio Alviela e a qualidade de vida das suas gentes, fazendo jus à importância histórica, cultural e patrimonial deste rio. Neste sentido, consideram essencial que a administração central, através das diversas entidades e competências de atuação, implemente soluções estruturais, com responsabilidades claramente definidas, mecanismos de controle eficazes e prazos de implementação concretos.
As organizações subscritoras apontam para a necessidade de pôr em funcionamento, no Alviela, mecanismos efetivos e transparentes de monitorização, fiscalização e responsabilização. Apontam como imprescindível uma monitorização contínua da qualidade da água, garantindo o acesso público imediato à informação, e a criação de sistemas efetivos de participação pública que permitam o envolvimento das comunidades locais e das Organizações Ambientais, manifestamente preocupadas com os episódios recorrentes de poluição.
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